Segurança pública em transformação: como a tecnologia melhora a vida nas cidades latino-americanas
A segurança é um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade. Sem ela, não há bem-estar, confiança ou desenvolvimento urbano sustentável. E embora os desafios na América Latina sejam complexos, desde delitos cotidianos até emergências naturais, muitas cidades da região vêm demonstrando que é possível avançar rumo a ambientes urbanos mais seguros, conectados e humanos.
O segredo dessa transformação está em uma combinação poderosa: tecnologia aplicada às políticas públicas, com foco nas pessoas. Este artigo explora como três municípios latino-americanos estão utilizando ferramentas digitais para fortalecer a segurança em suas comunidades e o que outros gestores públicos podem aprender com essas experiências com o apoio tecnológico da NEC.
Tecnologia que protege, decisões que transformam
No passado, falar em segurança pública significava pensar apenas em presença policial, viaturas e câmeras. Hoje, os avanços tecnológicos ampliaram significativamente as possibilidades: plataformas integradas, sensores inteligentes, análise de dados e participação cidadã permitem construir estratégias mais eficazes, preventivas e alinhadas com a realidade de cada comunidade.
Mas a tecnologia não atua sozinha. Seu verdadeiro valor emerge quando usada como aliada do poder público, como apoio às equipes humanas e como ferramenta de resposta rápida diante de situações críticas. Os casos de San Martín (Argentina), Tigre (Argentina) e Padre Hurtado (Chile) mostram que isso é possível, com o acompanhamento estratégico da NEC como integradora tecnológica.
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Paradas Seguras em San Martín: segurança pública em cada ponto
No município argentino de San Martín, com mais de 400 mil habitantes, a preocupação com a segurança no transporte público levou à implementação de um sistema de Paradas Seguras com forte apoio tecnológico. O projeto, desenvolvido pela NEC em parceria com a administração local, incluiu a instalação de tótens inteligentes com botões de pânico, câmeras, sirenes, intercomunicadores e sistemas de iluminação automática, todos conectados a uma plataforma de monitoramento centralizada.
O objetivo é claro: oferecer proteção aos usuários do transporte urbano e facilitar a resposta rápida a emergências. A gestão é realizada por meio do CitySensAI, plataforma desenvolvida pela NEC para integrar múltiplos sistemas e sensores urbanos, permitindo que as autoridades locais reduzam o tempo de resposta e tomem decisões baseadas em dados.
Mais do que infraestrutura, esse projeto representa uma rede de cuidado urbano, onde a tecnologia atua como ponte entre os cidadãos e o poder público. E o papel de empresas como a NEC é essencial para garantir interoperabilidade, escalabilidade e eficiência operacional.
Tigre: um modelo de cidade segura
Há mais de uma década, o município de Tigre, na região metropolitana de Buenos Aires, vem construindo um ecossistema tecnológico completo para melhorar a segurança pública. A cidade, que recebe milhares de turistas todos os finais de semana, apostou em uma solução ambiciosa: mais de 2.000 câmeras integradas a um Centro de Operações (COT) que coordena todos os serviços de segurança, emergência e transporte.
Esse projeto também conta com o suporte tecnológico da NEC, que atua como parceira estratégica do município desde 2011, desenvolvendo e atualizando a plataforma de segurança com ferramentas como reconhecimento automático de placas, mapas de criminalidade, inteligência artificial, detecção de comportamentos anormais e tótens de segurança.
Os resultados são concretos: redução significativa nos roubos de veículos, aumento na resolução de casos judiciais e melhora na percepção de segurança por parte dos moradores. Tudo isso por meio de um modelo de operação as a service, fornecido pela NEC, que facilita a gestão e garante altos níveis de disponibilidade.
Padre Hurtado: integração a serviço da comunidade
Na comuna chilena de Padre Hurtado, situada na região metropolitana de Santiago, o crescimento populacional trouxe novos desafios em termos de segurança. Para enfrentá-los, a administração local firmou contrato com a NEC para liderar a implementação tecnológica de um sistema integrado de vigilância urbana.
O projeto inclui mais de 50 pontos com câmeras 360°, tótens com intercomunicadores, veículos com sistemas de gravação, aplicativos para alertar os cidadãos e agentes municipais, além de 1.500 botões de pânico distribuídos por toda a comuna — além de um drone e recursos de comunicação em tempo real entre o centro de comando e os veículos oficiais.
Toda essa infraestrutura é gerenciada por meio da plataforma CitySensAI, que utiliza inteligência artificial para integrar os serviços de polícia, ambulância e bombeiros, além de receber alertas emitidos pelos aplicativos e sistemas de emergência.
Segundo o prefeito Felipe Muñoz, “a implementação dessas soluções oferecerá à população de Padre Hurtado um alto nível de segurança e a sensação real de estar sendo cuidada”.
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O que gestores públicos podem aprender com projetos de cidade inteligente?
Os três casos mostram caminhos distintos, mas com um mesmo objetivo: construir cidades mais seguras, eficientes e humanas. Elas têm algumas lições comuns:
- Visão de longo prazo: segurança como parte de um projeto de cidade inteligente, e não como resposta pontual
- Uso estratégico de dados: integrar informações diversas para antecipar riscos e melhorar a resposta
- Participação cidadã: oferecer canais acessíveis para que a população atue como aliada da segurança
- Plataformas unificadas: centralizar a gestão de sistemas para ganhar agilidade e evitar desperdícios
- Inovação com propósito: escolher tecnologias ajustadas à realidade local e que gerem impacto real
Aqui, o papel de integradores como a NEC é determinante. Não apenas por desenvolver tecnologia, mas pela capacidade de adaptar soluções a diferentes contextos e apoiar os governos na criação de políticas públicas mais inteligentes.
Segurança como direito urbano
Não existe cidade inteligente sem segurança pública. E não há segurança sem decisões públicas comprometidas com o bem-estar coletivo. Em um continente tão diverso quanto a América Latina, os desafios variam — mas a possibilidade de transformar realidades está ao alcance de cada administração.
Os casos de San Martín, Tigre, Padre Hurtado e outros mostram que, com compromisso, planejamento e a tecnologia certa, é possível transformar a segurança em uma política pública estruturante, que protege, empodera e cuida.
A tecnologia não substitui as pessoas, ela potencializa o que temos de melhor. E quando colocada a serviço da comunidade, cada botão de pânico, cada câmera e cada dado analisado se torna uma ferramenta de cuidado, proteção e confiança.