Cidades Inteligentes: Os desafios da mobilidade urbana na América Latina
Engarrafamento, longas viagens, poluição e barulho são algumas das características do trânsito em grandes metrópoles. Segundo o estudo Tomtom Traffic Index, onze cidades latio-americanas ocupam o top 30 do ranking – com destaque para Cidade do México (1º), Lima (9º), Arequipa (11º) e Barranquilla (16º). Como os dados da pesquisa demonstram, essa realidade já passa a ser sentida em localidades longe das capitais.
É cada vez mais comum que municípios de médio porte enfrentam problemas pouco vistos décadas atrás, impactando a qualidade de vida de uma região e a implementação de iniciativas de gestão pública defasadas para os desafios atuais.
Em contrapartida, conceitos de mobilidade inteligente, integração de dados e sustentabilidade também chegam até esses espaços diante a demanda de nutrir atividades econômicas diversificadas, investimento em infraestrutura e promover a alfabetização tecnológica nas cidades inteligentes.
5 desafios da mobilidade urbana nas cidades da Argentina
Ao passo em que o volume de veículos nas ruas aumenta e mais opções de transporte são inseridos a uma infraestrutura em seu limite, encontrar soluções eficientes se torna uma demanda latente para administradores públicos.
Entre alguns dos problemas da região estão:
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1. Congestionamentos crônicos
Assunto diário de programas matinais, o trânsito gerado em horários de pico são vilões da mobilidade para milhões de pessoas que precisam sair de um ponto ao outro para trabalhar. Segurando uma pesquisa da Visa, em média, gasta-se 92 minutos por dia viajando, o que representa 25 dias ao ano.
Um cenário que não apenas impacta a produtividade e bem-estar do trabalhador, como diminui o potencial do comércio local e afeta o meio ambiente da cidade.
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2. Infraestrutura desigual e mal integrada
Países latino-americanos precisam lidar constantemente com condições diferentes entre uma região e outra. Enquanto as capitais e grandes centros possuem certa maturidade na transformação digital, municípios no interior ou localizados em locais afastados sentem dificuldade em implementar conexões modais básicas.
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3. Poluição e emissões de carbono
Com gestores mais preocupados em atender os objetivos de sustentabilidade da ONU e diminuir as mudanças climáticas, a transição para o uso de veículos elétricos ou fonte de combustíveis renováveis é uma das ações comumente aplicadas.
Contudo, sem o uso de equipamentos modernos não é possível avaliar a efetividade dessas iniciativas a longo prazo e assim comprovar a melhora na qualidade de vida de uma cidade.
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4. Baixa previsibilidade e confiabilidade do transporte público
A malha de transporte público na América Latina possui graus diferentes de modernização e sofisticação na América Latina. Enquanto certas localidades contam com redes de ônibus, metrô e trem, outras possuem uma estrutura menos robusta.
Mas um comportamento é geral: a população de toda a região utiliza essas opções em peso. Em países como Peru a média chega a 93%, mas a porcentagem se mantém alta mesmo no Brasil com 82%, Colômbia e Chile com 89% e 83%, respectivamente, de acordo com um estudo realizado pela VISA.
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5. Falta de dados integrados para decisões em tempo real
A limitação da capacidade de resposta a situações críticas como acidentes ou picos de tráfego é uma consequência direta de não contar com soluções tecnologias para a coleta e análise de informações de uma cidade.
Impactando positivamente a capacidade de gestores em promover espaços seguros, além de direcionar recursos públicos com maior precisão.
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As tecnologias para fortalecer a mobilidade urbana nas cidades inteligentes
Diversas soluções já estão sendo implementadas para melhorar o trânsito, aumentar a segurança e oferecer mais qualidade de vida para a população nos países latino-americanos. Entre elas, podemos destacar:
- Sensores de tráfego: monitoram os fluxos de veículos em tempo real, permitindo ajustes automáticos em semáforos e rotas, além de evitar congestionamentos de forma mais inteligente.
- Dados ambientais integrados: informações como neblina, chuvas fortes ou risco de deslizamentos são usadas para redirecionar o trânsito e prevenir acidentes.
- Painéis de LED: posicionados em pontos estratégicos, ajudam na comunicação com os cidadãos ao exibir mensagens preventivas, alertas de trânsito e orientações em tempo real.
- Inspeção eletrônica e arquivo digital: otimizam o registro e a transmissão de informações para órgãos responsáveis, como os tribunais de trânsito, acelerando o esclarecimento de incidentes.
- Controle do transporte público por geolocalização: permite que gestores e usuários acompanhem o deslocamento de ônibus, trens e metrôs em tempo real, contribuindo para uma mobilidade urbana mais eficiente.
- Painéis de controle urbano e plataformas de visualização: fornecem aos gestores públicos uma visão ampla e integrada da cidade, facilitando decisões mais rápidas e estratégicas.
Essas soluções mostram como a tecnologia pode tornar as cidades mais conectadas, eficientes e alinhadas com as necessidades reais da população. Um exemplo prático é o projeto da NEC na cidade de Florencio Varela, na Argentina. A integração do CitySensAI como plataforma de orquestração dos processos de gestão eleva a capacidade da administração em entregar uma experiência conectada e segurança para a população.
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Uma nova forma de pensar a mobilidade urbana nas cidades inteligentes com a NEC
Melhorar a mobilidade urbana na América Latina exige mais do que apenas infraestrutura: é preciso repensar a forma como planejamos e gerimos o espaço urbano. Países como Brasil, Argentina e Chile já dão passos importantes nessa direção, mas ainda enfrentam desafios estruturais que precisam ser superados.
O futuro das cidades passa por decisões baseadas em dados confiáveis, abertos e integrados. E para isso, a colaboração entre governos, sociedade civil e setor privado é essencial. Quando todos os atores trabalham juntos, é possível construir soluções mais eficazes e transformar, de fato, a mobilidade em um direito acessível, inteligente e sustentável para todos.
A NEC tem atuado de forma estratégica nesse cenário, apoiando projetos de cidades inteligentes em diversos países da região e em todo o mundo. Com experiência em soluções integradas de segurança, conectividade, analytics e gestão urbana, a empresa contribui diretamente para o desenvolvimento de ambientes urbanos mais conectados, seguros e preparados para os desafios do futuro.
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